2 de abril de 2010

Verbo Mandelar

Eu sei que estou em débito absoluto. Aliás, o mês já é outro e não fiz o combinado, mas prometo que em ocasião apropriada falarei de começos, mecenas e outras coisas mais.
No entanto, hoje quero falar do verbo MANDELAR.
Acredito que como eu você também não conheça esse verbo. Aprendi seu significado na terça passada e muito tenho pensado nisso.
Nelson Mandela, negro, africano, noventa anos e quase trinta deles preso em uma solitária na África. Esse homem acreditou a vida toda que não era preciso segregar os homens por cor, raça, sexo, níveis sociais e com seu 1m90cm ficou preso por 29 anos em uma cela de 1m60cm. Fiquei encabulada quando entendi que ele não pode se esticar por quase trinta anos e ainda assim, curvado, teve a sobriedade de olhar a vida erguido. Em 94, Mandela ganhou o Nobel da Paz por ser a bandeirea viva contra o apartheid e conduziu a primeira eleição multiracial na África do Sul.
O que move um homem a fazer sua vida ser uma constante luta para que aquilo que considera verdade ser seu incansável objetivo, independente do preço que custe?
Talvez eu não tenha como responder a essa pergunta, mas quero contar que desejo aprender a conjugar esse verbo: Eu Mandelo!
Ora, não creio ter a força para mudar o mundo, mas creio ter a condição de fazer o meu mundo e o dos que estão perto de mim diferente. Creio que é possível sim!
Por isso cem pratos! Eles nos darão outras cem histórias e muitos encontros para poder estudar esse verbo. Quero ter a possibilidade de temperar outras vidas com um pouco da pimenta que carrego em mim, de repartir a doçura de muitos entre outros muitos, de provar da possibilidade de fazer a diferença.
Na verdade, esse texto hoje é apenas para dizer que comendo uma polentinha com carne moída e um delicioso pedaço de costelinha de porco, decidi voltar a estudar gramática. Vamos lá, que não seja já no presente, mas em futuro de presente, jamais do pretérito:
Eu mandelarei
Tu mandelarás
Ele mandelará
Nós mandelaremos
Vós mandelareis
Eles mandelarão

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