2 de março de 2011
5 de julho de 2010
Então havia um pretendente!
Assim começamos nosso primeiro causo!!!!! "Então havia um pretendente", nosso livro nascia ali. Coletiva- mente, todos juntos, cinco educadores, 17 jovens que acreditaram que seria possível, a Vívian e eu escrevíamos o causo que resultou da entrevista com a Dna Joana.
Sabe o que foi melhor? O melhor era ouvir pulsar o coração de todo mundo naquela paixão de que nosso desafio estava sendo possível. Não havia como não emocionar com as palavras do nosso querido Danrley ao apresentar o projeto à Dna Joana: Dna Joana, nosso projeto é o resultado de uma comunidade que se juntou para fazer com que algumas histórias fiquem para sempre, por isso queremos entrevistar a senhora.....
Ah, ele e a sua fiel educadora, Crica, me deram vontade de chorar........ A entrevista era a materialização de um sonho, um parto, cujo filho vai crescer muito e em dezembro, será cem, "Cem pratos, cem histórias: encontros".
Realidade!
24 de junho de 2010
Saímos na TV
Estrelas são assim, devagarinho vão aparecendo e brilhando, brilhando, brilhando!!! Nossa moçada apareceu hoje na TV, no programa MGTV na ESCOLA. Ficaram ótimos. Além de visitarem todas as instalações da TV aprenderam um monte de coisa legal com a Mônica Cunha. São nossos repórteres que estão aprendendo, vivendo e escrevendo a história de muita gente de Uberlândia, uns famosos, outros nem tanto, mas escrevendo uma história de sabores.
Tenho certeza de que eles ainda vão cobrir "grandes eventos" da vida! Parabéns projetos de repórteres, vocês estão fazendo um lindo trabalho!
(Olhem o link, está no 7m do vídeo - http://megaminas.globo.com/video/2010/06/23/mgtv-1-edicao-uberlandia)
5 de junho de 2010
Vai um cachorrinho aí...
Que tal uma receita de Cachorro Aromatizado na Manteiga e Alecrim? Nunca comeu? Se soubesse o perfume do azeite quente, manteiga de leite e o cheiro do alecrim.... Depois de tudo isso aquelas colheres de salsa, carne de cachorro refogando com caldo de legumes ao final um copo de vinho branco e seco num poético flamabado, salsa para decorar e azeitonas pretas, portuguesinhas em terra estranha. Aceita? Não? Por que?
Tá, eu sei que causa estranheza falar de iguaria tão, tão exótica, mas esse foi o prato oferecido pela Prof. Leandra à nossa galera. Qual o motivo dessa loucura (Isso é loucura?)? Ora, as pretensões da educadora (Depois de brincar e abraçar seu amado cachorrinho na nossa frente) eram, além de tudo, mostrar o quanto aquilo que comemos está relacionado ao local onde vivemos e o que a nossa "terra" nos oferece. Só isso? Não, além do mais como o afeto que mantemos com um ser, muitas vezes impede que ele seja nosso almoço (Graças a Deus por isso!).
Essa foi uma das aulas agitadas do dia 29/05. Lá aprendemos tanto da nossa história, das relações que nossa cultura nos permite estabelecer, de como construir afeto com algo faz com que ele ou aquilo seja parte do que preservamos ou destruímos.
Aprender é fantástico, melhor ainda era ver nossos 18 adolescentes assustados diante do fato do novo e ao mesmo tempo tão perto da relação doméstica de afeto. Mas, naquela tarde, tirando o asco do prato, o desejo pelo novo, o repúdio ao normal que me impulsiona ao incomum, pudemos ver uma galerinha que sabemos que chegará longe. Mas longe como? Na ousadia de desafiar as convenções impostas para sobreviver à vida, porque não para a vida. Foi isso que meus olhos viram no nosso 4º encontro. Ali, há um grupo de jovens que eu sei, fará com que sua história se faça, independente das condições que a vida lhe oferecer. Foi difícil comer cachorro? Claro que sim, mas ainda era a possibilidade de lutar frente às barreiras que me são impostas pela vida: rejeito, não sei o que é; como e... ora posso repudiar e gostar, esse resultado não me interessa, mas sim a loucura de enfrentar o desafio.
Talvez você esteja esperando a conclusão deste texto, não a tenho. Tenho uma semana pensando no que isso pode e poderá significar na vida dos meus jovens que participam do Projeto Cem Pratos, Cem Histórias: Encontros. Tenho a certeza que aquele pedacinho de carne deve ter feito alguma diferença. Quer saber onde comprei o bichinho? Quer saber quem o fez? Segredos de Sandra!
Ps. Caso queira, posso trabalhar como cozinheira em sua casa. Adoraria!!!!!
2 de junho de 2010
Viramos NOTÍCIA!!!!!!
Sabor e história se reunirão em livro
Projeto “Cem Pratos, Cem Histórias” é o primeiro passo para futuros escritores
Carolina Vilela - Especial para o CORREIO
Jornal Correio de Uberlândia
Atualizada: 31/05/2010 - 19h58min
Resgatar a memória culinária de Uberlândia e eternizar alguns ‘causos’ do cotidiano de uberlandenses a partir de suas receitas preferidas é o principal objetivo do Projeto “Cem Pratos, Cem Histórias”. O trabalho consiste em um livro de receitas diferente. Quem der a receita, também contará um caso de uma lembrança relacionada a ela. Os personagens serão pessoas que residem na cidade há pelo menos 50 anos e dessas histórias sairão as 100 receitas do livro.
Valter de Paula Sandra Nunes é a idealizadora do projeto; a pesquisa será feita por 20 adolescentes
A pesquisa será realizada por 20 adolescentes de escolas públicas e da Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia (Icasu), em situação de vulnerabilidade social. Para a professora Sandra Nunes, idealizadora do projeto, o trabalho dos jovens, com idade entre 11 e 17 anos, revelará parte da história do município.
Fazem parte do projeto oficinas de jornalismo, produção de texto, fotografia, história, e memória e culinária, que servirão para capacitar os jovens na elaboração do livro. “O objetivo é educar e fazer um resgate cultural da culinária”, disse Sandra.
Outra etapa consiste em promover encontros entre os adolescentes em sete restaurantes de diferentes etnias. Os estudantes já se reuniram no restaurante Grand China, onde degustaram gratuitamente comidas típicas chinesas. Além disso, serão agendadas visitas ao Museu Municipal, redação do CORREIO de Uberlândia, TV Integração e Universidade Federal de Uberlândia, entre outros.
O livro será lançado no dia 16 de dezembro durante a Feira Gastronômica. Interessados em patrocinar o projeto aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura podem enviar e-mail para cempratoscemhistorias@gmail.com.
Encontros gastronômicos na agenda
Os voluntários são recém-egressos na faculdade. Karla Fonseca, que atua no projeto como assessora de comunicação e educadora considera o trabalho como uma esperança na vida desses adolescentes. “É uma forma de incentivar esses meninos a dar um grande passo na realização dos sonhos”, disse.
João Vitor Teodoro, que atua como educador e designer fala da importância da troca de experiências. “O contato do jovem com seus entrevistados e com os educadores é fundamental para uma troca de experiências de mundos diferentes. Isso é muito importante para o crescimento pessoal e para a formação profissional futura de cada um."
Entre os jovens pesquisadores do projeto “Cem Pratos, Cem Histórias” está Camila Ramos Alves, de 17 anos, que concluiu o ensino médio e pretende fazer faculdade de Jornalismo ou Letras e escrever um livro. “Participar da criação do livro de receitas é muito importante para mim porque já escrevo contos que são bem-aceitos pelos meus colegas”, afirma.
Thiago Martins Gonçalves, 16, também diz que seu maior sonho é ser escritor. “Quando vi o cartaz que dizia, ‘pra você que sonha em ser escritor, chegou a sua vez’, eu pensei: chegou mesmo a minha hora, a realização do meu sonho agora está mais próxima”, disse. Sua mãe, Marinez Martins afirma que essa é uma oportunidade de crescimento pessoal e para a profissão do filho. “Para um adolescente humilde, uma chance dessa faz muita diferença. Meu filho gosta tanto de ler e escrever que sempre pede livros de presente de aniversário."
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